Na Revista do Globo n° 192, de 1936, foi publicado:
"Naquelle recanto é que a cidade assistiu aos espetáculos condemnaveis dos enforcados por determinação da justiça. Em fins do século passado foi installado na praça da Harmonia um "rink" de patinação, que atrahia, aos domingos á tarde, não só pessoas da sociedade, como numerosos representantes de todas as classes.
Ahi por 1904, 1905, a praça da Harmonia era o ponto de chegada das corridas de regatas que se realizavam em Porto Alegre. O Guahyba vinha morrer precisamente na praça, cuja face norte era revestida de uma amurada encimada por um parapeito de pilastras e varões de ferro. Essa balaustrada, em dias de regata, apinhava-se de uma multidão fremente de enthusiasmo em que se notavam senhoras e senhoritas de nossa sociedade elegante."
Sobre a demolição da praça, na mesma revista foi escrito:
"...a praça da Harmonia seria sacrificada, como, de resto, já o estava sendo, afim de que as obras para o cáes pudessem seguir o seu destino."
E assim, em 1920, a praça foi transformada no canteiro de obras para a construção do porto. Em 1965 foi restabelecida, sendo o local reurbanizado e então surgindo a atual praça, que recebeu o nome de Brigadeiro Sampaio, em homenagem ao patrono da Infantaria brasileira.
Foto publicada na Revista do Globo n° 192 de 1936, página 45.
Edição e cores: Martin Flores
Referências:
Franco, Sérgio da Costa. Guia Histórico de Porto Alegre. Porto Alegre: Editora da Universidade (UFRGS)/Prefeitura Municipal, 1988
Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
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