Esta foto panorâmica mostra o bairro Cidade Baixa e arredores na década de 1970, no início da efetivação do Projeto Renascença.
Em azul eu desenhei, a pedidos, o curso original do Arroio Dilúvio.
Nesta imagem aparece a região da antiga Ilhota (5), mas já é um local vazio. De todos os moradores que foram retirados dali, a grande maioria foi levada para a a Restinga, que era um bairro novo na época e tinha uma péssima infraestrutura.
Observando a linha azul fica fácil entender porque o local se chamava Ilhota. O Arroio Dilúvio, após passar pela ponte da Azenha, fazia algumas curvas e criava uma pequena ilha, que ainda recebia as águas do arroio Cascatinha (7). O Cascatinha ainda existe, mas nesta área da cidade está canalizado no subterrâneo. Já notaram que alguns ônibus, ao invés de ir ou vir pela Azenha, vêm pela "Cascatinha"? Pois o riacho ali sumiu, mas o nome ficou. Ainda não existia a Av. Érico Veríssimo, que futuramente passaria onde está o n°6.
Na direita do n°5 foi construído o Ginásio Tesourinha. A imagem também mostra como era a região antes da construção da Av. Aureliano de Figueiredo Pinto. Naquela época a Rua João Alfredo era maior, terminando no início da Av. Getúlio Vargas e da Av. Venâncio Aires (4). Bem naquele local existia uma ponte sobre o Arroio Dilúvio, que então seguia paralelo à João Alfredo, passando pela Ponte de Pedra e chegando finalmente ao Guaíba. Sua foz ficava onde foi construído o Colégio Parobé. Por causa do riacho a João Alfredo era chamada de Rua da Margem.
Para a abertura e construção da Av. Aureliano de Figueiredo foi demolido um lado do trecho final da João Alfredo. O lado que sobrou ficou fazendo parte da Av. Aureliano de Figueiredo, que segue até a Av. Praia de Belas. Na foto, na esquerda do n°2, aparece o lugar como era antes, com muitas casas que foram desapropriadas e vieram abaixo.
Data: década de 1970
Autor desconhecido.
Edição e legendas: Martin Flores
Imagem original:
Obrigado por ter estudado isso tudo e ter disponibilizado aqui. Gostei muito de obter esses conhecimentos. Precisamos de mais gente fazendo esse tipo de trabalho para nossa historia nao se perder. Um abraço e que Deus continue iluminando sua consciencia.
ResponderExcluirObrigado e um abraço também.
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