Av. Venâncio Aires em frente à praça Garibaldi - Enchente de 1941



Foto de 1941, na Av. Venâncio Aires em frente à praça Garibaldi.


A imagem mostra como a famosa enchente de 1941 também afetou o bairro Cidade Baixa.
A casa na esquina ainda existe, onde estão os dois postes. É atualmente o restaurante Copacabana. Onde está a casa branca, mais ao fundo, passa atualmente a Av. Aureliano de Figueiredo Pinto.

Nesta época a rua João Alfredo vinha até esta casa do restaurante Copacabana, fazendo uma esquina com a Av. Venâncio Aires. Na frente desta esquina existia uma ponte sobre o antigo leito do arroio Dilúvio, ponte que se ligava ao início da Av. Getúlio Vargas (na época rua 13 de maio).

Ao lado esquerdo da ponte, um pouco mais para cima, onde hoje atualmente está o ginásio Tesourinha, ficava a região da Ilhota, que já sofria com alagamentos desde sempre, por isso o nome "arroio Dilúvio".

Então só podia acontecer um alagamento muito pior do que o normal quando as águas do Guaíba subiram, em 1941. Nesta época ele chegava até a Av. Praia de Belas, à 500 metros da praça Garibaldi. Então foi só subir uns metros para alagar toda essa região, ainda mais juntando com as águas do arroio Dilúvio e também do Cascatinha, que vinha do sul, paralelo à atual Av. Érico Veríssimo.

Nos anos 1970 foi executado o projeto Renascença, com a remoção de (quase) todos os moradores da Ilhota e a construção da atual Av. Érico Veríssimo e da Av. Aureliano de Figueiredo Pinto. Uma boa parte de um dos lados do final da João Alfredo foi demolida, parte esta que chegava até aquela casa do restaurante Copacabana, e o que sobrou do outro lado hoje faz parte da Aureliano de Figueiredo. No ângulo da foto, seria a parte esquerda da João Alfredo que foi demolida.

O arroio Dilúvio, depois de passar pela ponte, seguia até onde hoje está o mercado Nacional, depois fazia uma curva para a direita e seguia paralelo à rua João Alfredo, que na época era chamada também de Rua da Margem. Passando atrás do Pão dos Pobres, ia até a ponte de pedra e finalmente chegava até o Guaíba, na frente da rua Washington Luiz.

O fotógrafo é Sioma Breitman. Cores digitais.

Abaixo um mapa que mostra o antigo trajeto original do Arroio Dilúvio. Em vermelho está o trajeto atual, canalizado.



Foto original:



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